19 maio 2010

ELEIÇÕES 2010 - OPOSIÇÃO SEM LIMITES

Claro que não se pode esperar colaboração de oposicionistas. O papel deles é sempre o de tentarem mostrar à sociedade que quem está no poder é incompetente e até desonesto. Em países mais desenvolvidos, politizados e civilizados, contudo, a oposição sabe que há limites para a luta política, pois se exagerar pode se mostrar sabotadora para uma sociedade mais esclarecida e, assim, pode colocá-la contra si. Mas sempre que houver uma brechinha para impedir que medidas e projetos do governo melhorem as vidas dos cidadãos, os oposicionistas de qualquer parte não perderão a chance.

O que ameaça gravemente um país é quando oposicionistas e mídia se aliam com vistas não somente a desgastar o governo perante à sociedade, mas a impedir que governe. Aliada aos meios de comunicação, por mais minoritária que uma oposição seja ela ganha um poder adicional para atrapalhar a governabilidade. E pode até gerar convulsões sociais e crises institucionais.

O governo propôs ao Congresso um programa ambicioso para acelerar o crescimento do país, o PAC. Se Lula já é popular, se lograr aumentar a geração de empregos, enfim, o ritmo econômico do país, se conseguir beneficiar mais consistentemente os brasileiros, PSDB e PFL poderão ir dando adeus a qualquer perspectiva de voltarem ao poder em 2011. E mais distante ainda ficará o sonho de oposicionistas e donos de jornais e TVs de derrubarem Lula e voltarem ao poder antes que ele conclua seu segundo mandato. Por isso, assim como não hesitaram em provocar uma greve que torturou milhares de pessoas nos aeroportos, tampouco hesitarão em sabotar o Brasil o tanto e em tudo quanto puderem.

Você é quem pagará a conta dessa guerra política se der apoio à oposição e ela tiver êxito. Não será Lula nem o PT que passarão pelas piores dificuldades. O máximo que acontecerá com eles será voltarem para a oposição. Mas quem ficará exposto aos efeitos de uma eventual crise econômica advinda da guerra política sem limites, seremos nós, a sociedade. Assim, em seu próprio interesse exija da oposição e da mídia que exerçam seu papel fiscalizador com seriedade e pensando no interesse de todos e não só em seu próprios interesses políticos. Você deve isso a você mesmo e aos seus, bem como ao seu país.

Por Eduardo Guimarães

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