03 fevereiro 2012

DESEMBARGADORES, ADVOGADOS E EMPRESAS SÃO INVESTIGADOS POR TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E FORMAÇÃO DE QUADRILHA

Investigação sobre suposto tráfico de influência na gestão do desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, que presidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo em 2010, indica a ação de lobistas na cúpula da maior corte estadual do País. Representantes de empresas e fornecedores teriam trânsito livre no gabinete do então presidente, que ficou apenas um ano no comando do TJ. Vianna morreu no dia 26 de janeiro de 2011, aos 68 anos. O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a morte foi natural, porém, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga a morte de Vianna por meio de inquérito que corre sob segredo.

Paralelamente à apuração policial, tramita investigação de caráter criminal sobre a evolução patrimonial de Vianna e contratações por ele autorizadas no âmbito do TJ. Uma linha de investigação mostra que uma empresa, em dezembro de 2010, teria presenteado o magistrado com um veículo de luxo avaliado em R$ 340 mil - um Porsche Cayenne preto, ano 2011. Ele transferiu o carro para o nome de sua mulher, Maria Luiza Pereira Vianna Santos, 19 dias antes de morrer.

Um integrante da assessoria de Vianna disse que, entre "inúmeras empresas com as quais teve contato, pelo menos duas foram indicadas pelo próprio presidente". O antigo colaborador citou nominalmente a lobista de uma empresa de informática e um advogado.


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