Brasil, Rússia, China e Índia devem coordenar-se para influir no modelo para o sistema financeiro internacional que emergirá da crise mundial, defenderam, ontem, dirigentes de alguns dos principais centros de estudo desses países, em seminário que antecedeu o início da cúpula de chefes de Estado dos chamados Bric, que começa hoje em Brasília. Os pesquisadores também defenderam as discussões entre os governantes para a criação de mecanismos monetários que dispensem o uso do dólar nas transações internacionais e preparem para uma eventual substituição da moeda americana como referência internacional.
Mesmo que essa nova moeda não esteja sendo priorizada agora, ela virá, inevitavelmente.
Não é mais possível pensar na moeda de um país (EUA) sendo referência internacional. Os EUA já não são mais a potência que eram no século passado. Ao contrário, estão, ainda, numa crise que está sendo abafada mas que, inevitavelmente, estourará em um ou dois anos.
O comportamento dos mercados em relação ao dólar é esquizofrênico: quando há boas notícias nos EUA - melhora do emprego, por exemplo - o dólar cai. Quando as notícias são ruins - déficit público crescente, por exemplo - o dólar sobe.
Ora, uma moeda nacional deveria acompanhar o movimento para melhor ou para pior da Nação que a garante. Com o dólar acontece o contrário pois ele se tornou uma moeda mundial.
Mas, a julgar pelas discussões entre os BRICs e entre as nações em crescimento, os dias do dólar como padrão mundial estão contados.
A grande possibilidade é que surja uma moeda que seja lastreada numa cesta de moedas fortes e que, gradualmente, será adotada pelo Planeta.
Da web
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