07 abril 2009

Brasileiros pagam R$ 134 bi só em spread

Os brasileiros pagaram às instituições financeiras R$ 134,5 bilhões apenas em spread bancário em 2008, calcula a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O valor corresponde, por exemplo, a mais que o dobro do Orçamento anual do Ministério da Saúde ou a 289 milhões de salários mínimos.

O spread é a diferença entre o custo do banco para captar dinheiro e a taxa cobrada dos clientes. A maior parte dos R$ 134,5 bilhões foi paga nos empréstimos de pessoas físicas. No ano, os consumidores pagaram aos bancos R$ 85,4 bilhões e as empresas, R$ 49,1 bilhões.

A taxa de risco, ou seja, de inadimplência, corresponde a 37% do spread e o lucro das instituições financeiras, a 27%. Compõem ainda o spread impostos (20%), custos administrativos (13%) e compulsório (3%), dinheiro dos bancos recolhido obrigatoriamente ao Banco Central. A Fecomercio-SP defende redução de 25% do spread, para elevar o nível da atividade econômica do país.

Isso corresponde a reduzir em R$ 33,2 bilhões a transferência de ganhos dos tomadores para os bancos e teria reflexos no acesso ao crédito. Mais facilidade de contrair empréstimos estimula o consumo, no caso das pessoas físicas, e o investimento produtivo, para as empresas. A entidade propõe cortes nos lucros, na taxa de risco, em impostos e nos custos administrativos.

A informação é do Monitor Mercantil

Nenhum comentário: