21 fevereiro 2009

Estado Mínimo, Incompetente e Suspeito - SOL faz graves acusações contra Yeda Crusius

Em cima da morte misteriosa de Marcelo Cavalcante (encontrado morto no Lago Paranoá em Brasília), ex-secretário de Governo do Rio Grande do Sul na administração da governadora tucana Yeda Crusius, e apontado como envolvido numa fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran-RS, o PSOL, em entrevista coletiva, levantou suspeitas sobre o caso e fez novas denúncias que atingem o morto e, em última instância, também a governadora.

Com base em provas testemunhais e gravações em vídeo e áudio que dizem ter, integrantes do partido divulgaram nove dados nos quais indicam a formação de caixa 2 e a utilização irregular de verbas públicas no governo Yeda Crusius. O PSOL apontou, entre outros, o repasse de R$ 500 mil à campanha de Yeda pela Mac Engenharia, numa reunião com a presença de Cavalcante (o ex-secretário morto), do empresário Lair Ferst - outro acusado de envolvimento nos escândalos tucanos gaúchos - e do marido da governadora, Carlos Crusius.

Outra acusação, feita pela deputado Luciana Genro (PSOL-RS) é a de que Cavalcante "estava prestes a ser ouvido sobre o caso do Detran e negociando sua delação premiada". Um dos primeiros escândalos envolvendo o governo Yeda Crusius trata do desvio de R$ 44 milhões do DETRAN gaúcho. De acordo com o PSOL, o material que comprova as acusações está em poder do Ministério Público Federal (MPF), responsável pela Operação Rodin que investiga essa fraude no Detran.

Ministério Público nega as provas apontadas pelo PSOL

O procurador da República, Adriano Raldi, que integra as investigações da Operação Rodin, negou que o Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul tenha as provas apontadas pelo PSOL e disse desconhecer as gravações.

A única manifestação da governadora Yeda Crusius, em meio a uma bomba como essa, foi uma nota de duas linhas divulgada à imprensa pelo Palácio Piratini (sede do governo gaúcho), na qual destaca que "as declarações que o PSOL deu em entrevista coletiva foram desmentidas pelo Ministério Público Federal".

As denúncias do PSOL são em torno, e vem se somar, a outras relativas à escândalos que envolvem a atual administração tucana gaúcha, a saber: o caso do desvio de R$ 44 milhões do DETRAN-RS; a compra de apoio na Assembléia Legislativa, em troca de cargos nas estatais, como denunciou o próprio vice de Yeda, Paulo Feijó; e a compra da casa em que a governadora mora em bairro nobre de Porto Alegre, com valor superior a renda declarada por ela.

Por ZD

Nenhum comentário: